Gliosis Versus Glioma?: Não faça graduação antes de saber do que se trata.

Gliosis Versus Glioma?: Don’t Grade Until You Know
Marie Rivera-Zengotita & Anthony T. Yachnis
Adv Anat Pathol 2012;19:239–249

++/+++

O trabalho ilustra tipos de gliose e como um novo imunomarcador (IDH-1) pode ser útil em diferenciar gliose de gliomas ditos “focais” (grau I da OMS) dos difusos (grau II). 

Quanto aos tipos de gliose, ilustram a astrocitose fibrosa (mais comum, com alteração gemistocítica), a protoplasmática (que cursa com clareamento da cromatina quando relacionada a doenças metabólicas, chamada The Alzheimer type II cell change e a gliose pilosa relacionada a fibras de Rosenthal (depósitos proteínaceos constituídos por GFAP e alfa-b-cristalin. A doença de Alexander é um desordem genética específica causada por mutações específicas no gen do GFAP que cursa com leucoencefalopatia extensa e abundante deposição de fibras de Rosenthal. Em lesões desmielinizantes o critério para distinção com neoplasias é a correta identificação de macrófagos que pode ser feita com o CD68. Diversamente com o que ocorre na gliose, a proliferação nos gliomas é mais irregular com tendência a formação de acúmulos. O fenômeno de satelitose peri-neuronal (ou sub-pial) é mais atribuído também à neoplasia. A gliose reacional é mais homogênea e com prolongamentos mais longos, as células tumorais tendem a ter prolongamentos menores realçados pela IHQ pelo GFAP. Entretanto, a IHQ pelo GFAP não permite o diagnóstico diferencial entre gliose reacional e glioma ou entre oligodendroglioma e astrocitoma. 

Antes de se aplicar os critérios de graduação histológica de gliomas da OMS há que se excluir a possibilidade de um glioma focal, p.ex. astrocitoma pilocítico. Este pode apresentar proliferação endo-vascular e certo índice mitótico, sem contudo afetar sua graduação como grau I.


Juízo de valor sobre o trabalho:
+/+++               zzzz...
++/+++        vale a pena
+++/+++     indispensável

Postagens mais visitadas